Para criar novas experiências, principalmente na comunicação, pode ser interessante romper com antigas regras e padrões

 

Há quem diga que, se você obedece às regras, perde toda a diversão. Talvez não seja exatamente assim na vida profissional, ou pelo menos não o tempo inteiro, mas quebrar algumas regras de vez em quando pode ser muito interessante para áreas que envolvem comunicação e criatividade.

Muitas regras são simplesmente velhos hábitos, que as pessoas têm receio ou insegurança de mudar. Se nos apegamos a elas, será muito difícil evoluirmos e praticamente impossível fazermos algo que provoque algum impacto no mundo. O próprio Mark Zuckerberg já disse: “Movimente-se rápido e quebre as coisas. A não ser que você esteja quebrando coisas, não está se movendo rápido o suficiente.”

Provocar mudanças no status que é importante para qualquer pessoa que busca criar algo diferente, independentemente da área de atuação. Se você está fazendo a mesma coisa que milhares de pessoas, como pode esperar que se destaque em meio a tantas outras, ou que consiga sair do ordinário para o extraordinário?

 

Quebrando a monotonia

“O jovem conhece as regras, mas o velho conhece as exceções.” — Oliver Wendell Holmes Sr., poeta norte americano.

Fazer a mesma coisa repetidamente pode ser monótono. Para manter a empolgação e continuar se divertindo ao realizar seu trabalho, vale a pena quebrar algumas regras. Por exemplo, se você considera que pode aprimorar um processo, não deve ter medo de tentar. Isso é o que fizeram grandes empreendedores, como Steve Jobs e Elon Musk: em diversos momentos de suas respectivas histórias, eles não limitaram seu potencial a normas e regulamentos criados por outros. Contudo, para elevar a qualidade de um trabalho e ser capaz de quebrar regras, primeiramente você precisa conhecê-las.

O problema de abordar as regras de forma rígida é que isso divide as pessoas entre conformistas e rebeldes. Não existem apenas duas opções no mundo. As questões indispensáveis, para encontrar um equilíbrio nesse contexto, são: essas regras servem para nos proteger, ajudar ou limitar? Nem todas as regras são iguais. Algumas são criadas para dominar as pessoas, outras para libertar. Algumas são imutáveis, outras parecem mais abertas à interpretação.

 

Como trabalhar fora das regras

Principalmente quando se lida com equipes, que podem incluir pessoas com os mais diversos repertórios, as regras não devem ser muito duras nem muito precipitadas. Flexibilidade é a chave para não engessar a criatividade e também para que exista crescimento e aprendizado.

Ao mesmo tempo, é preciso traçar uma linha daquilo que é aceitável, mesmo em um contexto no qual as pessoas são livres para quebrar antigas regras ou criar novas. O rompimento com as normas estabelecidas traz consequências, por isso ele também precisa ter propósito. A questão a se perguntar, aqui, é a seguinte: o resultado obtido será suficiente para fazer valer a pena lidar com as consequências? E, nessa situação, você se manterá fiel a seus valores? Seus atos irão prejudicar outras pessoas de sua equipe? Afinal, desafiar tudo e todos o tempo inteiro não é necessariamente corajoso, mas pode demonstrar falta de foco e até mesmo de empatia.

O segredo é quebrar as regras que, em um contexto geral, sejam limitantes ou obsoletas. Muitas vezes, tentamos nos conformar à realidade existente por imposição de nosso próprio cérebro: o ser humano tende a internalizar os julgamentos e as preferências das outras pessoas, muitas vezes favorecendo o coletivo em detrimento das opiniões individuais. Estudos da ciência comportamental já verificaram que seguir normas para ser aceito socialmente reprime o pensamento criativo. Essas mesmas pesquisas indicam que pessoas mais criativas tendem a criar histórias e argumentos mentais que justifiquem “sair um pouco da caixa”.

Quem sempre segue regras não se arrisca, mas também não consegue inovar. Erros podem acontecer, em um território desconhecido, mas a lição é deixar de lado o sentimento de que você precisa se prender a algo em que não acredita. A história da humanidade está cheia de exemplos de pessoas que provocaram transformações revolucionárias simplesmente porque ousaram ir além.