Conheça as tendências que devem mudar o futuro da publicidade e entenda por que é importante estar atento a elas

 

Em qualquer área de atuação, prestar atenção às tendências do mercado é uma maneira de gerar bons negócios e carreiras duradouras. Ainda que a pandemia nos tenha feito perceber que o futuro é sempre incerto e que até mesmo as previsões de especialistas podem não se concretizar, é possível nos prepararmos para o futuro se compreendermos nossos clientes e a maneira como eles se comportam.

Hoje, as mudanças e as inovações ocorrem cada vez mais rapidamente. Nesse contexto, seria ótimo poder prever o rumo que as coisas irão tomar e saber quais produtos atrairão as pessoas nos próximos anos, mas a melhor mentalidade para navegar esse cenário é trabalhar para que, não importando para que lado o vento sopre, você seja capaz de se adaptar e obter bons resultados.

Em uma palestra no evento SXSW, o curador de tendências Rohit Bhargava apontou algumas tendências pouco óbvias, mas que se tornaram relevantes no contexto pós-Covid-19.

  1. Revivalismo e a redescoberta do analógico.

O sentimento quase nostálgico de poder voltar o relógio e olhar para trás, lembrando das coisas em que costumávamos confiar, é algo que tem se mostrado bastante presente, nos dias de hoje. Exemplos disso são o gosto por discos de vinil, pela fotografia analógica e outros elementos considerados “vintage”. É como se a humanidade estivesse redescobrindo que existem coisas que não envolvem tecnologias digitais. Empresas que criam produtos e profissionais que os divulgam precisam estar atentos a essa nova perspectiva de olhar o mundo.

  1. Foco na empatia e no ser humano.

Talvez essa já seja uma tendência um pouco mais óbvia, mas, em um contexto totalmente automatizado e tecnológico, o chamado “marketing empático” só tende a crescer. Afinal, são as experiências humanas que nos atraem e que provocam as emoções mais intensas. O foco na empatia tende a fazer com que as pessoas se importem e, consequentemente, gastem mais em um produto. A proposta é conceitualizar o mundo pelos olhos dos consumidores, usando essas informações para criar estratégias de conteúdo que atendam às suas necessidades e desejos. Ou seja, os clientes não são mais números, mas pessoas com emoções, desafios e motivações que as levam a tomarem certas atitudes – entre elas, a de comprar ou não certos produtos.

  1. Conexão e conhecimento instantâneo.

A tendência do conhecimento instantâneo está ligada à ideia de que, atualmente, temos acesso a informações como nunca antes havíamos tido. Tudo está disponível, de forma ampla e imediata, em uma simples pesquisa no Google. O que isso significa é que as pessoas esperam aprender as coisas cada vez mais rápido. Aqui entra o que é chamado de glanceable content, ou seja, um conteúdo que é absorvido de relance. Por isso, a informação precisa ser passada em tamanho “digerível” – é o que vemos nas redes sociais, por exemplo. Tudo acaba se reduzindo a títulos curtos, com pequenos tópicos de informação, que vão direto ao ponto.

  1. Modelos de negócios disruptivos.

Os últimos anos foram decisivos para mudarmos completamente a maneira como executamos nossas tarefas. Nosso modo de trabalhar continua em transformação e a linha que separa os diferentes segmentos também está se atenuando cada vez mais. Empresas de tecnologia como a Apple estão entrando no mercado financeiro, bancos estão abrindo cafés, redes de restaurantes estão se tornando também hotéis. A melhor maneira de inovar, nesse contexto de combinações tão inesperadas, é pensar de maneira não óbvia e se esforçar para surpreender seus consumidores.

  1. Eventos ao vivo x eventos virtuais.

Outra tendência que foge da obviedade é o fato de que os eventos ao vivo, ao contrário do que muitos previram, não irão acabar. A previsão é de que eles se tornem híbridos, constantemente trazendo novas formas de ampliar a participação virtual. As pessoas também tendem a se tornar mais seletivas sobre que tipos de eventos elas frequentarão presencialmente. Ou seja, os eventos presenciais devem passar a ter estruturas menores, porém mais atraentes e “cinemáticas”, enquanto a escala de abrangência digital será cada vez maior, com engajamento em tempo real nas mídias sociais.