Descubra como a fusão entre campanhas físicas e digitais e as experiências gamificadas estão transformando as estratégias de marketing

 

A fusão entre o ambiente físico e o digital é algo com que já convivemos diariamente. Caminhamos na rua com smartphones em mãos, observando painéis e telas por todos os lados, das vitrines de lojas a propagandas no metrô. Mas o que isso significa para marcas e empresas? E quais são as principais transformações nas campanhas de marketing, por conta deste mundo constantemente conectado?

Um dos maiores desafios do marketing digital, nos dias de hoje, é ajudar a conectar o mundo físico ao universo virtual. A tecnologia é uma ferramenta para engajar consumidores, mas a criatividade é o aspecto mais importante para elevar o nível de campanhas, num contexto em que sempre é preciso trazer algo novo, para se destacar.

A Web Física

Mas como isso é relevante para a fusão entre campanhas físicas e digitais? Há alguns anos, em 2015, o Google introduziu a chamada “Web Física”. Basicamente, seria uma fusão entre os mundos físico e virtual, para criar um contexto em que cada objeto físico atuaria como um portal para um vasto conteúdo on-line. Por exemplo, uma pessoa andando pela rua, ao passar pelo pôster de um filme, imediatamente veria em seu celular informações sobre horários de exibição no cinema, ou poderia comprar um ingresso.

Como a “Web Física” foi uma proposta do Google, nesse caso a conexão funcionaria através de sinais via Bluetooth, que seriam emitidos em um raio de 50 a 100 metros de distância do objeto. Ou seja, um usuário que passasse pelo pôster, com o Bluetooth ligado e o Google Chrome instalado, veria uma notificação em seu smartphone. Ao clicar nela, seria direcionado a informações adicionais sobre o filme, on-line.

Talvez a “Web Física” do Google ainda não tenha se popularizado tanto, desde então, mas o fato é que esse tipo de interação já é uma realidade em nosso dia a dia. Hoje, é possível transformar praticamente qualquer objeto ou qualquer local em um portal de comunicação, para dar ao consumidor a possibilidade de acessar essas informações quando – e se – ele quiser.

Voltando ao exemplo do pôster na rua: ao se fundir com o ambiente digital, o objeto deixa de ser apenas um mecanismo para anunciar e despejar informações que as pessoas não querem ver, mas se torna uma via de mão dupla. O consumidor está no controle e pode escolher interagir com o pôster, tirando dele as informações que considerar relevantes sobre o filme. Outra vantagem de “amarrar” esse portal de comunicação a um objeto físico está no fato de que ele atua como um lembrete e também como um gatilho, que move a pessoa a sentir necessidade de descobrir mais sobre o produto anunciado. 

Repensando estratégias de marketing

O desafio é criar fusões físico-digitais que possam ser acessadas por qualquer pessoa, independentemente do sistema operacional de seu celular. Nesse sentido, um passo além seria criar uma solução omni-channel, que abrangesse todas as tecnologias.

Na Vati, essa fusão foi automatizada por meio do Jamworks, que atua como um catalisador de talentos e ferramentas a serviço da criatividade, agilizando a produção de conteúdo para campanhas físicas e digitais. Conforme explica Christian Alves de Souza, gestor da área de tecnologia da empresa, o desafio em campanhas de marketing é disponibilizar conteúdos que promovam e criem valor para as marcas no momento de decisão do consumidor, considerando uma jornada de experiências que passa por algumas fases (descoberta, consideração e decisão) e que exige uma grande diversidade de conteúdo.

“Além dessa diversidade de conteúdo, é preciso atender às preferências de canais dos consumidores”, observa Christian. Por conta disso, as peças publicitárias precisam ser construídas em diversos formatos. “Como, em geral, uma única ferramenta não atende a todas as demandas de uma marca, é necessária a famigerada integração – um conceito que está para a tecnologia como a parceria está para os negócios, e que pode representar um aperto de mão ou um casamento em comunhão de bens.”

De acordo com o gestor de tecnologia da Vati, o resultado só acontece quando o cliente entra em contato com a peça publicitária, que é entregue em canais como redes sociais, e-mails, mídia paga ou pesquisas orgânicas. Nesse contexto, o Jamworks agiliza a produção de campanhas, físicas ou digitais, com funcionalidades em três pilares que se complementam:

  • Orquestração do fluxo de trabalho entre as pessoas envolvidas;
  • Integração entre ferramentas de software, que impulsiona a criação de conteúdo;
  • Delivery das peças em canais, com diversos formatos.

A gamificação como acelerador da fusão

A gamificação, voltada a campanhas publicitárias, também pode fazer com que os usuários interajam mais com os anúncios, em vez de apenas assisti-los, já que games tendem a ser experiências imersivas e extremamente envolventes, em especial para as gerações mais jovens.

A gamificação abre portas para a colaboração, não somente entre jogadores (afinal, as pessoas acabam se juntando para formar uma comunidade “gamer”, em torno de certos jogos), mas também entre os ambientes físico e digital. Um game pode ser o acelerador dessa fusão, trazendo os jogadores para as lojas físicas – ou vice-versa.

A gamificação, assim como a inteligência artificial, a tecnologia “vestível” (wearable technology) e a informação em tempo real são formas de usar os avanços tecnológicos para tornar as campanhas mais atrativas e certeiras. Ainda há várias incógnitas sobre o que o futuro da revolução digital nos reserva, mas as implicações da fusão entre a realidade física e o ambiente digital já estão ajudando a reformular a forma como pensamos e planejamos o marketing, criando novas e melhores experiências para o consumidor.