Os desafios e as oportunidades no desenvolvimento de soluções de marketing e publicidade para empresas de seguro

 

O mercado das empresas de seguro é bastante desafiador, por isso a tecnologia no marketing para seguradoras precisa acompanhar essa realidade. Para saber como gerar e entregar conteúdos nesse cenário, é preciso compreender que, muitas vezes, o consumidor está muito mais interessado em um produto do que no seguro para esse produto.

De acordo com Christian Rodrigo Alves de Souza, diretor de tecnologia da Vati, o primeiro desafio está relacionado à diversidade de produtos de seguros e à necessidade de garantir que o cliente entenda o que está contratando, além das garantias que o seguro está oferecendo e sob quais condições. “O vocabulário de seguros também não ajuda”, explica o diretor. “Por exemplo, ‘prêmio’ é o valor pago para contratar um seguro.”

Além disso, muitas seguradoras, mesmo tendo um canal próprio para a venda de seguros, acabam buscando parceiros em diversos setores (bancos, varejistas, corretores etc.). “Os conteúdos gerados precisam respeitar regras de convivência das marcas e regras impostas por órgãos reguladores. Eles também precisam ser entregues em formatos diferentes para atender às necessidades de cada parceiro”, completa Christian.

Outro desafio, segundo o diretor, está no fato de que os parceiros (bancos, varejistas…) precisam que seus vendedores entendam os principais produtos que estão sendo vendidos, já que os consumidores cobram esse conhecimento, pois hoje em dia todas as pessoas estão conectadas e possuem acesso a um conjunto amplo de informações.

 

Geração e entrega de peças

Para dar conta dessas demandas, é preciso uma tecnologia capaz de entregar peças publicitárias para empresas que vendem seguros em vários segmentos e que possuem regras complexas, além de diversos formatos (físicos ou digitais). “A Vati tem ferramentas, processos e experiência em geração e entrega desse tipo de material”, afirma Christian.

O engajamento também é essencial. Uma vez que o cliente seja conquistado com a venda, o próximo passo é fazer com que ele perceba o valor da marca e mantenha um relacionamento duradouro com ela, em vez de buscar um seguro mais barato no término da vigência, ou ter contato somente no momento em que ocorrer algum problema (sinistro). “O segredo do engajamento é gerar mais conteúdo e mais formatos. Na mesma linha do que ocorre no processo de geração de conteúdo para a venda do seguro, é necessário garantir respeito às regras do produto e dos parceiros envolvidos”, ressalta o diretor de tecnologia.

Com o Jamworks, ferramenta da Vati, é possível melhorar a experiência dos clientes e dos colaboradores no processo de regulação de sinistro. “A plataforma tem funcionalidades para coletar e armazenar documentos, fotos e pareceres de parceiros envolvidos (oficinas, vistoriadores, guincho, etc.). É importante considerar que as seguradoras precisam manter tudo registrado por um período de 5 anos”, observa Christian. “O Jamworks também organiza a participação dos envolvidos, pois possui mecanismos nativos que permitem a configuração personalizada do fluxo de trabalho de cada setor da seguradora. O nível de customização é tão poderoso e granular que possibilita atender a variações em demandas mais específicas para determinados tipos de seguro, eventos de sinistro e muito mais.”

 

Novos produtos e oportunidades para startups

Em um cenário tecnológico dinâmico, a transformação digital gera mudanças nos hábitos de consumo, de vida e comportamento, tanto em nível pessoal quanto empresarial. Nesse contexto de constante evolução, com o serviço de 3D da Vati é possível aplicar o conceito de digital twin (gêmeo digital), que representa um salto significativo na forma como as empresas poderão desenvolver, avaliar e aprimorar seus produtos.

Digital twin é a versão digital de um produto real de uma empresa. Ele substitui protótipos físicos, replicando-os digitalmente, com todos os seus atributos”, explica Christian. “Assim, com o uso de Big Data, IA e machine learning, é possível melhorar análises e compreensões sobre o produto real, em tempo real, simulando diferentes cenários.”

No caso de seguros, a aplicação do 3D para criação do gêmeo digital, além de aumentar a transparência para as seguradoras (que podem considerar a redução do preço do seguro), abre uma possibilidade enorme para insurtechs desenvolverem soluções, como:

  • consolidação dos dados capturados pelos computadores de bordo de veículos, tecnologia já disponível há mais de 10 anos, para indicar manutenções preventivas;
  • registro de todas as revisões planejadas por tempo decorrido ou quilometragem rodada;
  • em sinistros, uso de inteligência artificial para precificar o valor para consertar avarias. Com isso, é possível incluir mão de obra com menor especialização nesse tipo de avaliação e estender a rede de parceiros para esses serviços.

Para as montadoras, pode ser um diferencial na prestação de serviço de locação de veículos, uma vez que elas podem contar com as informações de engenharia dos carros que são de propriedade das próprias empresas. “O consumidor também é beneficiado, porque é possível entender o estado do veículo, o que traz mais segurança durante o uso e melhor planejamento das paradas para manutenções”, conclui Christian.