Destacando-se pelo hiper-realismo e pela usabilidade, a tecnologia 3D avança como ferramenta eficiente para a venda de imóveis

 

As experiências proporcionadas pela tecnologia 3D têm sido aprimoradas de maneira tão impressionante que as aplicações nesse formato são cada vez mais aceitas por consumidores de produtos e serviços que usam recursos digitais em suas campanhas. ​Por isso, a utilização do 3D na venda de imóveis chega como um processo de evolução natural para potencializar as estratégias de marketing do mercado imobiliário.

Envolvendo não apenas tecnologia, mas também comunicação e design, o 3D é uma ferramenta em constante transformação que avança em ritmo crescente, junto às atualizações de software. Há cerca de dez anos, quando o mercado publicitário ainda estava descobrindo as inúmeras possibilidades da revolução digital, essa tecnologia passou a ser utilizada por agências que souberam enxergar seu potencial. “Na Vati, começamos esse trabalho em 2002, com 3D automotivo para a Infinity, e montando uma house nos Estados Unidos. Depois dessa experiência fora do país, abrimos uma lab aqui e desenvolvemos campanhas para marcas como Tim e Mitsubishi. Esse trabalho continua até hoje com nossos clientes atuais, sendo o maior deles a Volkswagen”, conta Douglas Osti, gestor da área de Produção Digital e 3D da Vati.

De acordo com Osti, há uma equipe interna na Vati que atua tanto na criação do 3D quanto na aplicação da tecnologia. “Tudo nasce do desejo do cliente. Nosso trabalho é pensar como vai ser produzido o material que ele quer, tornando fáceis as dificuldades”, afirma. Um dos exemplos práticos desse trabalho é quando não existe ainda um produto pronto, apenas sua engenharia. Nesse caso, é possível transformar os modelos matemáticos, que estão no papel, em aplicações 3D.

O desenvolvimento do material envolve desde a ilustração até a iluminação do produto, e a criação de texturas e do ambiente onde ele irá ficar. “Se você precisa colocar um produto no Grand Canyon ou em um cenário muito difícil, onde ele não chegaria, a gente pode fazer. Essa é a ideia da tecnologia: facilitar e baratear os processos”, observa Osti. Outra vantagem é o tempo de produção. “Antigamente, para criar um 3D do zero, levava quase dois meses. Hoje, o prazo é de duas semanas e nos permite entregar, depois do produto pronto, até duas imagens por dia daquele produto, em qualquer ângulo.”

O gestor de Produção Digital explica que algumas pessoas ainda pensam no 3D como uma tecnologia pouco acessível, mas a verdade é que pode custar mais caro realizar toda uma produção visual do que optar por essa solução. “No 3D, a imaginação é o limite: artisticamente, você pode fazer tudo; tecnicamente, pode ir além e utilizar esse produto não apenas da forma que foi pensado inicialmente, mas transformá-lo em uma imagem, um vídeo, uma aplicação em um site na internet ou em aplicativos para smartphones. Há inúmeras possibilidades. Quando você faz uma produção de vídeo ou de foto, está limitado a entregar o produto em uma mídia específica. O 3D não te limita e pode ser usado das mais diversas maneiras”, ressalta.

 

Aplicações no mercado imobiliário

Certamente o 3D não é uma novidade, mesmo no segmento imobiliário. O que evoluiu foi a alta performance dessa tecnologia e as possibilidades de experiências que ela oferece. “Quando a gente começou a falar em 3D no mercado imobiliário, tudo era muito distante. Pensávamos que ele iria acontecer e revolucionar, mas havia algumas barreiras de usabilidade. Com o passar do tempo, as plataformas e ferramentas foram se adaptando. As pessoas, pós-pandemia, também estão mais abertas a essas inovações”, diz Graziela Monteiro, diretora de marketing da Esquema Imóveis.

Empresa referência no mercado imobiliário de alto padrão, a Esquema Imóveis tem investido em 3D desde 2019, realizando tours virtuais de seus produtos, que permitem aos usuários explorar as casas e apartamentos em 360o. “Essa tecnologia faz parte da estratégia da empresa há alguns anos e já gerou mais de 30 mil visualizações em nosso canal do YouTube. Anualmente, aumentamos em 20% nosso portfólio de gravação em 3D, não apenas pelo impacto institucional, mas também porque ele pode ser usado como ferramenta de trabalho pelos corretores, já que é uma forma de afunilar os imóveis que o cliente quer visitar, aproximando distâncias e otimizando o tempo”, observa.

Essa possibilidade de conhecer os imóveis de forma virtual e filtrar aqueles em que o cliente fará a visita presencial foi especialmente importante durante o período de isolamento social. “A Esquema Imóveis já havia se digitalizado, mas aprendemos e evoluímos muito com a pandemia. Prova disso é que tivemos um case, este ano, de uma venda totalmente digital. Essa negociação virtual de um imóvel de alto padrão somente foi possível devido à confiança do cliente na empresa, mas tanto as ferramentas digitais quanto o suporte jurídico fizeram uma enorme diferença na decisão de compra”, salienta a diretora de marketing.

“O desafio, agora, no que diz respeito às tendências e tecnologias voltadas para 3D, está ligado a como receber as pessoas. Porque elas ficaram muito tempo em casa e, com todos os cuidados, estão voltando a sair. Nesse contexto, a questão é como podemos receber esses clientes em nosso escritório ou nos plantões, utilizando essa tecnologia. Queremos introduzi-la no convívio, mesclando o off-line com o on-line, para a digitalização do PDV no mercado imobiliário”, completa Graziela.

 

Parceiros na inovação

Com seu olhar voltado para um nicho ainda pouco explorado, mas com enorme potencial de crescimento, a Vati tem direcionado seu foco à apresentação do projeto de 3D hiper-realista para o mercado imobiliário. Nesse sentido, a busca pela opinião especializada dos profissionais da Esquema Imóveis, para verificar a aderência dessa tecnologia no setor, principalmente junto às incorporadoras, reforçou a visão de que as possibilidades de aplicação na venda de imóveis – tanto lançamentos quanto imóveis prontos – são extremamente amplas.

“O 3D pode ser facilmente adaptado para o mercado imobiliário. Com nossa experiência de antecipação do produto, podemos criar e utilizar os materiais em diversas mídias, como fazemos hoje dentro do segmento automotivo”, destaca Osti. “Há uma janela de oportunidades para o desenvolvimento de soluções tecnológicas no mercado imobiliário. Por exemplo, muitas vezes você não tem o produto pronto (como é o caso de lançamentos) e, para vender, precisa utilizar opções mais arcaicas, como maquetes físicas. Uma maquete simples, hoje, custa entre R$ 30 mil e R$ 50 mil, mas ela é estática e não permite muita mobilidade – ao contrário de uma aplicação em 3D, que pode ser adaptada para um aplicativo de celular, ou para a realidade aumentada de uma TV… ou seja, pode ser levada para qualquer lugar.”

Tanto para imóveis que já existem quanto para empreendimentos ainda não concretizados, o diferencial está em poder visualizar o produto com várias opções de decoração. “Um apartamento decorado simples, de 60 m2, custa aproximadamente R$ 500 mil. O alto custo muitas vezes pode inviabilizar essa estratégia, especialmente para o alto padrão. A solução do 3D é mais barata e também mais prática. O incorporador elimina a necessidade de construir um stand com uma unidade decorada e o cliente pode acessar o imóvel de sua própria casa, com todos os detalhes”, acrescenta Osti.

As possibilidades de aplicação são muito vastas e abrangem desde a criação das maquetes virtuais até a instalação de tótens em que os clientes podem acessar um mapa da cidade, em 3D, com todos os imóveis disponíveis para venda ou locação. “A tecnologia que a Vati consegue entregar, atualmente, pode ser disruptiva para o nosso mercado”, afirma Graziela. “O 3D encanta e possibilita ir além do que está nos vídeos e nas fotos. A visita a um imóvel, normalmente, depende muito do interlocutor, do cliente: ele quer ver primeiro as áreas que atendem às suas necessidades. Em um vídeo, existe a limitação da edição. No 3D, a pessoa tem a planta em suas mãos e pode navegar por ela como quiser”, ressalta Graziela.

“O cliente do mercado imobiliário é bastante exigente, mas temos experiência em trazer essa realidade para públicos como esse, que também é o perfil do consumidor de carros. Quando ingressamos no segmento automotivo, o 3D não tinha muita aceitação entre as marcas, porque elas não acreditavam que funcionaria ou que atenderia seus clientes finais”, lembra Osti. “Dez anos depois, provamos que as pessoas ficam satisfeitas com o realismo das aplicações e que a tecnologia é vendável, com excelente custo-benefício e rapidez na entrega. Por isso, vemos o mercado de 3D imobiliário como um terreno fértil e somos capazes de levar essa tecnologia, de inovação diária, para esse segmento, convertendo muitas das ferramentas físicas para o digital.”